quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Marcada - Por Erik Night (oitavo capítulo)

Segunda, dia de Fanfic... Boa leitura!

Eu realmente não queria ajudá-la com aquele maldito Ritual, até mesmo me preparei para dizer a ela, juro que me preparei, mas sentado de frente para seu esbelto e definido corpo como eu estava, não pude evitar perceber como sua saia marcava em seu estreito quadril, expondo muito de suas pernas que eram cobertas por uma bota preta a partir do joelho, e é claro que ela estava matadora, Afrodite sempre clamou a aparência em primeiro lugar, não importa em quais situações difíceis estejamos o importante é se estamos bonitas para resolvê-las dizia ela praticamente todos os dias, quando eu costumava reclamar de suas demoras em frente ao espelho.
Notei também como ela puxou a saia para cima para parecer ainda mais curta, mais até do que a última em vez que a vi, provavelmente ela fez de propósito, e devo dizer que funcionou, suas pernas ficaram fantásticas com aquela saia. Ela me fez lembrar todas as vezes que eu e Afrodite... Bem eu não podia pensar naquilo agora.
Procurando desesperadamente algo em que me focar, que não fossem suas pernas ou seios, fiquei surpreso em encontrar seus olhos. Ela me olhava de um jeito malicioso, como se soubesse exatamente o que se passava na minha mente, mas eu não me importei, continuei concentrando minhas energias em seus olhos, os lindos olhos verdes de Afrodite.
Algo como um balde de água fria na minha espinha de repente me fez congelar, quebrando o encanto sombrio que Afrodite me lançava.
Afrodite não tinha olhos verdes! Muito longe disso, eles eram de um limpo e claro azul, que se destacava dos demais que às vezes eram apagados e sem brilho. Mas então por que eu havia imaginado olhos verdes em Afrodite? Onde eu os havia visto antes?
Realmente a mistura havia ficado tremendamente ridícula. Aqueles olhos em Afrodite ficavam disformes e deslocados, mas eu não conseguia parar de imaginá-los, como se eu buscasse desesperadamente ver algo ou alguém que eu não pudesse conseguir naquele momento e colocá-la no lugar de Afrodite.
Foi por isso que eu acabei criando forças para realmente confrontar Afrodite (daqui em diante eu passaria a respeitar devidamente minha imaginação maluca) e dizer:
- Você por acaso não tem outro grupinho de bajuladores ou cachorrinhos que farão suas vontades assim que estalar seus dedos?
Ela revirou tanto seus olhos, que por um momento eu achei que eles fossem pular para fora.
-Não, Erik, eu não tenho cachorrinhos que fazem tudo que eu quero, eu tenho vocês, um bando de babacas que ficam aí parados enquanto há muitas coisas a serem feitas. Ou pensam que eu e as meninas poderemos carregar todas aquelas coisas pesadas do Templo? – perguntou indignada – E ainda cobrir tudo a tempo de nos vestirmos e estarmos no horário certo para o Ritual e...
-OK, certo, tudo bem! – eu praticamente berrei de impaciência. Ela apenas me olhou de forma chocada.
– Tudo bem. – disse num tom normal – Nós vamos ajudá-la.
- Mas precisamos comer primeiro! – Disse Cole. Eu até havia esquecido que ele estava lá.
- Não seja idiota seu estúpido! – exclamou Afrodite – nós teremos comida depois do Ritual, ou será que esqueceram? Será que preciso pensar em tudo? Estamos perdendo tempo aqui discutindo – bateu seu dedo indicador no pulso, como se houvesse um relógio imaginário ali. Como ninguém se moveu ela revirou os olhos novamente e com ainda mais impaciência disse – vamos antes que o intervalo do almoço termine!
Como um bando de chiuauas de bolsa rabugentos (pelo menos era assim que eu me sentia), nós seguimos Afrodite para o Templo de Nyx, deixando para trás o delicioso almoço e meu bom humor.
Não demorou muito para chegarmos à linda estátua de Nyx que ficava a alguns metros do Templo, e embora eu a tivesse visto incontáveis vezes, nunca deixava de ficar abismado com sua beleza. Ela tinha um padrão diferente de todas as estátuas que eu um dia já havia visto, e admito foram muitas, afinal de contas minha mãe costumava passar horas, sentada em seu atelier, com suas mãos sujas de lama ou gesso, moldando e remodelando caricaturas, até que ficassem perfeitas aos seus olhos. Eu as adorava, lembro-me perfeitamente de me sentar em seu colo, quando era pequeno, para poder me juntar a ela na obra. Mas elas sempre acabavam em caretas, com grandes narizes e olhos esbugalhados. Ríamos e brincávamos o tempo todo.
Aquela magnífica visão da deusa, sentada sobre a cristalina água da fonte, com seus cabelos ao vento, mesmo feitos de pedra pareciam movimentar-se, jazendo uma delicada lua crescente em suas mãos, me fizeram sentir muito vazio. As memórias de minha vida antes e depois de ser Marcado encheram e conturbaram minha mente.
Vi meu pai atirado e imóvel em um canto da rua, enquanto não conseguia mais reunir forças para levantar, por causa de toda a porcaria da bebida que havia ingerido.
Vi minha mãe gritando desesperada por ajuda.
Vi também o momento em que o Vampiro Rastreador apareceu misteriosamente na minha frente e disse as temerosas palavras que mudaram minha vida.
Por sorte nenhum dos meus amigos ou Afrodite perceberam o tamanho da minha tristeza, e firmemente segui andando, de cabeça erguida. Seja o que minha vida havia se tornado ali na House of Night, com certeza era bem melhor do que o inferno alcoólico no qual eu vivia.
-... E poderemos ver toda a maratona do Star Wars que queríamos ver final de semana passado, o que acha Erik? – Estava dizendo Drew. E com um susto percebi que todos estavam falando há um tempinho. Eles me olhavam com expectativa.
- Desculpe Drew, sobre o que estavam falando mesmo? – perguntei.
- Hello, Terra para Erik. Estava viajando de novo? – disse Cole com um risinho. Mas ninguém prestou atenção nele.
- Nós estávamos discutindo sobre a maratona de Star Wars que não pudemos assistir na semana passada, e que veremos quando a sala estiver desocupada. – respondeu Drew.
- Maratona de Star Wars? – perguntei sorrindo. Subitamente meu mau humor desapareceu. – Claro, dou tudo por uma maratona Star Wars! Quando vamos assistir, amanhã?
- Não sabemos – respondeu Thor – a gente depende da presença de todas as pessoas que irão. Como disse antes, na semana passada o tosco do TJ não pôde ir, lembra? Ele tinha que treinar para a competição.
- Ei! – retrucou TJ – não me culpem por isso.
- Ah, me lembro sim. Mas eu acho que agora todos nós poderemos assistir.
- Sim, é o que parece – respondeu Thor.
Encerramos a conversa assim que vimos a cara ranzinza de Afrodite, que logo explodiu em uma risada sarcástica e terrível.
- Deixem-me adivinhar quantas malditas vezes vocês assistiram essa maratona Star Wars? Pelo menos 20? 30? Estou perto? – disse zombeteira. E eu dava graças à deusa por tê-la largado.
- Há! Engraçadinha você Afrodite – retrucou Cole – e não foram 20 ou 30 vezes, acredito que não chegaram nem à dez.
- Hã, acho que eu já passei de dez, pessoal – disse meio sem graça. Afrodite bufou.
- Nossa! Vocês são um bando de nerds! Não existe qualquer outro melhor programa no planeta?
- Devo dizer que comparado a Star Wars não, definitivamente não. – disse Thor.
- Repito. Bando de nerds! Ugh. Não contem com a minha presença ou de qualquer espécime do sexo feminino nessa bela seção de guerras no espaço! – disse fingindo entusiasmo.
- O correto seria guerra nas estrelas, mas você está certa, com certeza já sabíamos que você não gastaria seu precioso tempo assistindo qualquer programa “nerd” com a gente. – disse Drew respondendo do mesmo jeito sarcástico, fazendo aspas com as mãos na palavra nerd. Como se realmente tivéssemos pensado em convidar Afrodite.
Se ela entendeu o que Drew realmente quis dizer não demonstrou, apenas jogou os cabelos para trás de um modo superior e voltou a andar. O que nos fez parar de falar em Star Wars perto de Afrodite, na verdade paramos de falar totalmente, ela conseguia estragar qualquer assunto.
O clima estava leve enquanto carregávamos as mesas de jogos do enorme salão para um canto. Como estávamos de cinco pessoas para carregar as mesas, nos separamos em duas duplas, eu e Drew carregávamos as mesas de sinuca, e TJ e Cole as demais (que eram as mais leves, mas fazer o que se perdemos no discordar?!) Thor cobria as mesas alinhadas com o pano preto. Afrodite dava as ordens para que tudo estivesse perfeito.
Mas conforme as mesas eram apagadas pelo fosco do tecido, mais aquilo me lembrava um mausoléu, cheio de preto e mais preto e mais preto e mais preto. Por mais que eu dissesse a palavra mais, ela não era suficiente, aquilo estava muito preto, tanto que eu não consegui enxergar até que, tranquilamente, Enyo e Deino acendiam as velas que iluminariam o Ritual.
Quando finalmente terminamos de arrumar o local, nos sentamos pesadamente no chão, esgotados, mas ainda rindo e combinando os últimos detalhes para a maratona Star Wars.
- Afrodite, ainda vai precisar da gente? – perguntou Cole.
- É, podemos voltar para a aula agora? – completou TJ.
- Claro, claro. Podem voltar sim. Acho que não preciso mais do trabalho de vocês. – então ela fez uma pausa, pensativa – Menos você Erik, eu quero dar uma palavrinha com você a sós.
Ela nem ao menos esperou minha resposta, simplesmente se virou e começou a andar na direção de uma salinha ali perto, onde ficava a comida que seria servida mais tarde. Foi minha vez de revirar os olhos.
- Fazer o que, vou ter que ir pessoal, vejo vocês mais tarde então.
- OK, a gente se vê – respondeu TJ. Cole e Thor me olhavam com um pouco de pena, mas concordaram em ir. Drew foi o único que exitou.
- Você vai ficar legal? – perguntou.
- Claro, não deve ser nada demais. E eu não vou cair em qualquer armadilha que ela esteja bolando dessa vez. – respondi com firmeza.
- Tudo bem, boa sorte. – e com isso ele saiu.
Com um grande suspiro fui na mesma direção de Afrodite, encontrando-a de frente para a geladeira pegando sua vitamina de sempre. Quando ela me viu deu um grande sorriso.
- O que quer Afrodite? – disse rispidamente.
- Nossa, não precisa ser tão mal educado. Só quero conversar.
- Olha Afrodite, eu acho que já lhe disse que não... – mas ela me interrompeu.
- Não é nada disso seu estúpido, eu quero falar sobre a garota nova. – isso despertou meu interesse.
- Garota nova?
- É, essa tal de Zoey Redbird. Parece que ela tem essa estranha Marca e é a nova aluninha favorita de Neferet e blá, blá, blá. – a sua inveja era palpável.
- Não entendo, onde quer chegar? – mesmo sabendo a resposta não me contive em perguntar.
- Então, eu a convidei para o Ritual. Mas não sei se ela vem.
- Oh, é mesmo? – fingi surpresa. – e por que acha isso?
- Talvez ela seja uma idiota como a nova coleguinha de quarto dela.
- Não fale assim Afrodite, você mal a conhece. – estava me referindo à Zoey, mas Afrodite achou que eu falava de Stevie Rae.
- Claro que eu a conheço, ou bem... O suficiente pra saber o nível em que ela está. – Lembrei-me na hora do que ela falava.
- Você não vai forçá-la a ser sua geladeira novamente vai? – perguntei desconfiado.
- É claro que não! Enyo arrumou um novo lanchinho pra gente.
- E posso saber quem é? – perguntei preocupado.
- Claro, é aquele perdedor do Elliot. Juro que até sinto nojo de tomar o sangue dele e... – eu a interrompi.
- Espera, você disse que Zoey vai estar aqui mais tarde...
- Eu disse talvez – repetiu.
- Ok, talvez ela esteja aqui, que seja. Mas se ela vier, não dará sangue para ela não é?
- Ora não seja estúpido, é claro que não vou dar sangue à ela, ao menos não se ela não quiser. Eu vou perguntar a ela mais tarde.
- Tudo bem, assim é melhor.
- O que foi Erik, está todo preocupado com a novata por quê?
- Nada, é que eu sei o quão ruim é ter de tomar sangue no primeiro Ritual. – tentei justificar.
- Tudo bem, então não precisa mais se preocupar com isso, como já disse. Eu vou perguntar à ela.
- Tudo bem – repeti. – acho que vou indo, se era sobre isso que queria falar comigo.
- Bem, também pensei em outras coisas... – disse se aproximando lentamente, passando suas unhas em meu peito, a sensação me enviou calafrios. Mas rapidamente retirei suas mãos de perto de mim.
- Acho que agora não é hora pra isso Afrodite, eu tenho que voltar pra aula. – Seu sorrisinho virou uma carranca.
- Certo Erik, volte para a droga da sua aula. – com isso ela saiu da sala. Jurei ter visto fumacinhas saindo de suas orelhas. O pensamento me fez rir como um idiota.

Chegou a 1000!

E aí pessoal!!!! Hoje estou muito feliz com esta postagem.



O blog Esta Consciência acaba de ganhar 1000 visualizações!
Obrigada a todos pelo carinho e pela escolha e apesar de não ter muitos membros (um apenas, kkk) isso não afeta o desenvolvimento do Blog. E olha que eu nem tinha a intenção de "mostrar" muito as coisas que se passavam por minha mente, eu apenas queria um lugarzinho para desabafá-las...
Sem vocês isso não seria possível, é o meu lema, e espero que continue assim pelos próximos tempos.
Obrigada!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dica Literária: Êxtase

Olá para todos!
Venho hoje (em meio a lágrimas) dar mais uma dica literária, desta vez do livro que acabei de ler: Êxtase, Lauren Kate.
Bem... o último livro da saga Fallen é sensacional, como todos os outros foram, de uma forma delicada e muito expressiva. Eu chorei o tempo TODO (ai que saco), principalmente ao final, que eu não irei contar, mas que foi... meio simples demais, não sei explicar, mas eu acho que eu não faria um final destes (nada contra, Lauren...). A boa notícia é que Lucinda e Daniel finalmente ficam juntos! Uhhuul!


Segue a Sinopse:
No quarto e último livro da série Fallen, Luce e Daniel estão juntos e parece que nada mais vai separá-los. O problema é que o destino amaldiçoado de uma mortal e de um anjo caído promete surpresas. O céu está escuro com asas... Como a areia numa ampulheta, o tempo está se esgotando para Luce e Daniel. Para parar Lúcifer de apagar o passado eles devem encontrar o lugar onde os anjos caíram na terra. Forças sombrias estão atrás deles, e Daniel não sabe se consegue continuar fazendo isso - viver só para perder Luce uma vez e mais outra - no entanto, juntos, eles enfrentarão uma batalha épica que deixará corpos sem vida... e poeira de anjos. Grandes sacrifícios são feitos. Corações são destruídos. E de repente, Luce sabe o que deve acontecer.

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P.S. O PDF não é muito bom, tem erros e não é muito claro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Marcada - Por Erik Night (sétimo capítulo)


Sabe quando você tem aquele pressentimento que te manda fazer uma coisa, a coisa que daria mais certo e mais fácil, e aí chega o seu coração e manda você fazer exatamente o contrário? Pois é.
Seja bem vindo ao meu dilema.
Como pode ser? Essa novata estranha chega do nada naquele corredor escuro, e da noite pro dia consegue roubar a atenção de todos os caras da House of Night e da metade dos meus pensamentos, sem ao menos fazer um movimento. Não, mas ela ainda foi pior, ela nos flagrou, eu e Afrodite, numa cena um bocado deprimente. E eu nem tinha culpa disso! Estava lá somente para deixar ainda mais claro a Afrodite que nosso relacionamento não existia mais. Ótimo, explique isso à Zoey!
Boa sorte com isso.
E o pior era que cada vez que eu olhava em seus olhos (foram três vezes até agora) eu parecia me perder ainda mais neles.
Eu precisava arrumar um jeito de falar com ela, de conhecê-la. Ver com meus próprios olhos todos os seus detalhes e ouvir o som da sua voz, e ter a certeza de que uma vez por todas eu havia deixado Afrodite para traz e seguiria em frente, sendo eu mesmo e parando de jogar e agir como um estúpido. Pois já estava de saco cheio disso. Estava na hora de realizar algumas mudanças.
Isso soava quase como um desafio, aliás, era o meu desfecho. A conquista de Zoey era algo que todos cobiçavam e que por uma razão, eu também. Eu precisava dela. Sim, eu sei que esses pensamentos sujos não me levariam a nada e blá-blá-blá, mas e daí?
Mas, e se ela fosse como Afrodite? Tava um pouco na cara que não era. Só seu jeito modesto de agir ou andar demonstravam isso. Ela era diferente, e isso me atraía.
Senti um empurrão repentino e fui derrubado por Thor que quase caía no chão de tanto rir.
- Isso não é engraçado, Thor! – Disse com raiva.
- Pra você. Tinha que ver a sua cara parecia estar no espaço. - Replicou.
- Eu estava distraído, só isso. - Eu devia contar quantas vezes disse isso hoje.
- Essa já não cola mais Erik, tá distraído o dia todo, aliás, nesses últimos dias você parece nem estar aqui, o que ta rolando?
- Não sei, é como se eu não conseguisse me concentrar direito. – disse constrangido.
- Bobagem, é só querer que você consegue, quer ver? Vamos, levanta.
Antes de levantar lancei-lhe um olhar que deixava claro todos os meus pensamentos sobre isso, peguei meu florete e me posicionei, apontando a perigosa (ou nem tanto) arma para Thor.
Thor era um bom esgrimista, um dos melhores da nossa turma. O seu jeito observador o ajudava a adivinhar o perfil de cada adversário e a prever a forma de ataque e seus movimentos. Claro que não tinha graça tentar derrotar Thor, a mim pelo menos. Eu não era um péssimo esgrimista, mas também chegava longe de ser bom, eu era regular. E Thor sabia muito bem disso, usando suas habilidades para prever meus movimentos e sempre me derrubar quando tinha chances.
Ficamos nas posições iniciais, e logo Thor tentou me fazer cair novamente, mas eu fui um pouco mais rápido, abaixando a cabeça para que o florete passasse de raspão por cima dela.
- Muito bem garotos, eu estou gostando do entusiasmo de vocês. – Disse Dragon Lankford, o professor de esgrima aqui da House of Night.
Eu sempre me surpreendia com Dragon, sua estatura relativamente baixa para um vampiro adulto era a primeira coisa notada por todos, fazendo-o não ser muito notado ou visto como uma ameaça. O primeiro erro destas pessoas (eu fazia parte deste grupo, devo avisar), pois quando estava em posse de seu florete, a principal arma de um esgrimista, ele era um deus, com movimentos rápidos e precisos que humilhavam qualquer vã tentativa minha de melhorar.
- Obrigado senhor. - Eu disse, e me arrependi profundamente, pois Thor aproveitou o meu pequeno momento de distração para me lançar outro golpe, o que me fez cair (de novo) no chão.
Com um olhar vitorioso disse:
- Pensou que me derrubaria?
- Tem razão, não sou páreo para o "Grande Thor" - complementei as duas últimas palavras fazendo aspas com os dedos.
- Tem razão, não é mesmo. Vai ter que praticar muito para chegar no meu nível Erik, nem sei porque ainda tenta.
- Há, Há. Engraçado Você. – Disse fingindo dar-lhe um soco no estômago.
Fomos na direção dos banheiros para tomar uma chuveirada rápida, pois suávamos demais nessa aula. Eu particularmente não entendia como Brian, um garoto meio esquisito da turma de esgrima, conseguia sair normalmente sem nem ao menos olhar para o banheiro, nojento.
Depois de pronto, me despedi de Thor em me dirigi, sozinho, para a aula de literatura, que também passou como um borrão, aliás, todas as aulas aqui da House of Night eram assim, eu nunca fiquei entediado em quase quatro anos de escolaridade. Certamente o que ajudou muito no esplendor da aula foi termos estudado Shakespeare, o que me deixou fascinado, como sempre.
Fui praticamente correndo para encontrar meus amigos na hora do almoço, onde todos já estavam sentados, conversando e rindo sobre coisas banais, até que Drew disse:
- Erik! Como foi a apresentação para os terceiranistas? – Automaticamente Cole e TJ pararam de jogar comida um no outro para prestar atenção.
- Você apresentou na turma da nossa Zoey-gostosinha? – perguntou Cole. Depois de ouvir aquilo, senti meu humor vacilando, realmente odiava quando algum deles se referia à Zoey daquela maneira.
- Pare de chamá-la desse jeito! – Quase berrei, fazendo com que todos me olhassem assustados, menos Drew claro, que me olhava sabiamente.
- Qual o problema Erik? Você nunca falou nada sobre isso. – Disse TJ. Foi aí que eu me lembrei que nenhum dos meus amigos (menos o Drew), sabia da minha estranha obsessão por Zoey.
- Problema nenhum, eu estou apenas dizendo que quando vocês falam assim soam muito superficiais, não posso acreditar que estão repetindo a mesma baboseira de ontem. Será que nada do que eu ou a professora Nolan dissemos adiantou? – Tentei remendar.
Cole e TJ me olhavam com um pouco de vergonha.
- Foi mal, é que nós apenas...
- OK. – Eu os interrompi. Não queria que ficassem chateados com essa desculpa sínica que eu havia dado. – Apenas parem com isso, está bem? E então, mudando de assunto... Quanto à apresentação. – Qualquer resquício de tristeza havia sumido dos seus rostos. – Bem... Sim, Zoey estava lá.
- E então... – Cole disse ansioso. – Merda Erik, fala logo. – Eu ria internamente por causa do meu suspense bobo. Decidi dar a dica.
- Bem, nada demais, ela apenas ficou me encarando o tempo inteiro. – Depois de dizer isso eu achei ter visto piedade nos olhos de Cole.
- Claro, seu lesado. Você estava apresentando um monólogo na frente da sala, como ela não olharia pra você? – Disse TJ.
- Foi diferente. – Tentei me justificar. – Ela olhou pra mim depois que eu havia acabado também.
- Talvez ela tenha gostado de você, Erik. – Disse Drew.
- O quê? – Interrompeu Cole. – Claro que não é isso Drew, como ela poderia gostar do Erik se ela nem ao menos o viu? – Há, boa pergunta, e eu não podia responder.
- Boa pergunta. – Disse Drew, adivinhando meus pensamentos novamente. – Mas não é impossível, metade das garotas aqui da House of Night são apaixonadas pelo nosso “Erik garanhão”. – Disse me dando um empurrão no ombro. Eu estava sorrindo amplamente da cara que Cole fez ao ouvir aquilo.
- Nossa, e você é tão convencido que... – Cole não terminou de falar a frase, apenas ficou tenso de repente e olhava por cima da minha cabeça, como se houvesse alguém atrás de mim. Antes de eu poder me virar para ver quem era eu ouvi uma voz familiar e irritantemente melosa.
- Ei vocês, garotos – falou Afrodite.
- O que quer agora? – perguntei rudemente.
- Puxa Erik, é ótimo ver você também. E eu não quero nada demais, apenas preciso da ajudinha de vocês.
Pela deusa, eu havia esquecido totalmente sobre isso, aliás, parecia que todos ali haviam esquecido que todo o mês, antes de todos os Rituais de Lua Cheia, nós ajudávamos Afrodite a arrumar o privado e disputado ritual das Filhas e Filhos Negros.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Wallpaper Lenobia

E aí, pessoal? Como darei uma passadinha rápida hoje, decidi mostrar o meu novo Wallpaper House of Night, desta vez da minha professora favorita: Lenobia.
O nome da atriz é Emilie Ullerup e ela é fantástica, se a escolhessem não reclamaria, rs.
A tatuagem foi feita por mim e deixei liberada para quem quiser usá-la, só quero pedir como sempre que se fizerem isso me mandem o trabalho pronto, eu AMO ver como as ideias de vocês ficam no final.


Até a próxima! Beijinhos...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Novas Imagens de O Hobbit Uma Jornada Inesperada

Enquanto esperamos ansiosamente o lançamento do primeiro filme da ainda não definida trilogia de O Hobbit, deixo umas imagens muito legais do filme, eles estão fazendo um trabalho excelente!










                        












Delírios


Doce e incandescente lua brilhante
- Doce e incandescente lua brilhante,
- Que me desperta de um sono profundo
- Onde me imaginava em outro mundo
- Irreal, ilusório e inebriante.

- Fico admirando intensamente o fundo
- De tua gélida alma apavorante
- Que possui tremendo poder cegante
- Capaz de estremecer o moribundo

- Ser, que insiste em enfrentar a divindade
- Da qual volto a falar só a verdade.
- Banha-me com a sua luz prateada,

- E apenas a mim, pois fico enciumada
- Em dividir tua veracidade
- Com os que não possuem a bondade.
                  Roberta Matzenbacher 29/11/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Marcada - Por Erik Night (sexto capítulo)


Nossa! Hoje fiquei com muito medo de ficar sem o Google! Alguém mais ficou sem Google? Triste, triste.

- Erik, que bom que resolveu finalmente se juntar a nós. - Disse a professora Garmy quando passamos pela porta.
- Desculpe professora Garmy, eu estava distraído e não percebi o sinal tocar.
- Claro só preste mais atenção da próxima vez. - Então ela se voltou para Drew. - Drew, querido, obrigada por encontrar Erik, vocês podem se sentar e fazer as atividades propostas nas páginas 104 e 105 do polígrafo, como os demais colegas de vocês.
- Sim senhora. - Murmuramos eu e Drew.
Durante toda a aula de espanhol fiquei pensando no que Drew havia me dito, e claro que não pude fazer os exercícios, não consegui me focar neles. Obviamente levei um susto quando o sinal tocou anunciando o final da primeira aula.
Saí com um pouco de pressa da aula de espanhol, tanto que até Drew me olhou com uma cara de dúvida.
- Preciso avisar a professora Anastásia que eu não vou poder ir para a aula dela. - Disse.
- Ah, eu havia esquecido, tudo bem, a gente se vê no almoço. - Disse Drew.
- OK.
Chegando à porta logo avistei a bela professora.
- Com licença professora Anastasia? - Disse.
- Olá Erik, acho que tenho um palpite do que você irá me dizer. A professora Nolan me pediu para ceder a você uma parte do meu período para que você apresente um monólogo à turma de terceiranistas, e você quer pedir permissão, não é mesmo?
- É isso mesmo, espero que não se incomode.
- Claro que não, boa sorte com a apresentação, embora ache que você nem precise dela.
- Obrigado. - Disse e me afastei.
Calmamente fui andando pelo corredor e revisando o conteúdo do monólogo que havia escolhido, passando de palavra a palavra.
Os monólogos eram aparentemente intimidantes, mas não pra mim, eles eram uma forma de expressar meus sentimentos e esquecer, pelo menos por um tempo, a confusão que era minha vida. Com eles me sentia confiante e forte e com capacidade de enfrentar qualquer coisa.
Porém quando cheguei à porta da sala, tive um leve choque.
Dentro da sala, sentada em uma das carteiras, estava Zoey Redbird. Esse dia-da-primeira-vez estava sendo uma merda. Estava com medo de ela me olhar estranho e apontar o dedo na minha direção citando o inconveniente incidente do corredor.
Por sorte a professora Nolan fez uma ótima apresentação à turma.
- Estamos para começar a escolher os monólogos que cada um de vocês apresentará à turma na próxima semana. Mas primeiro, achei que vocês gostariam de uma demonstração de como se faz um monólogo, então pedi a um talentoso aluno do ano mais avançado para dar um pulo aqui e recitar o famoso monólogo de Otelo, de autoria do antigo escritor vampiro Shakespeare - ela parou de falar por um instante e olhou na minha direção - Aqui está ele.
OK, diga adeus ao monólogo que escolheu. Pelo menos era um legal, na verdade apresentei esse nas finais em Londres ano passado.
Abri a porta lentamente e como sempre recebi a saudação calorosa da minha professora favorita:
- Entre, Erik. Como sempre, seu senso te timing está perfeito. Estamos prontos para seu monólogo - ela deus as costas para a turma - A maioria de vocês já conhece o quintanista Erik Night e sabem que ele venceu o concurso de monólogos da House of Night do ano passado, cuja final foi em Londres. Ele também já está gerando especulações em Hollywood e na Broadway por causa do seu desempenho como Tony em nossa produção de 'West Side Story' no ano passado. A turma é toda sua. - Disse a professora Nolan, que parecia que ia explodir de felicidade e orgulho.
A turma de terceiranistas aplaudiu enquanto eu subia no pequeno palco na frente da sala com um sorriso bobo nos lábios. Virando com cuidado para a pequena plateia de alunos também sorridentes.
- Oi, pessoal. Tudo bem? - Disse diretamente a Zoey, cujos olhos estavam um pouco esbugalhados e surpresos. - Monólogos aparentemente intimidam, mas o segredo é ter o texto decorado e imaginar que está contracenando com um elenco de vários atores. Finja que não está aqui em cima sozinho, assim...
A surpresa inicial foi totalmente sucumbida pela minha emoção ao interpretar Otelo, concentrando-me devagar, fui seguindo meu próprio conselho e me imaginado no corpo de Otelo, na paixão que sentia por Desdemona... Claro, foi muito mais fácil imaginar que Zoey era Desdemona, com seus grandes olhos esverdeados e lábios cheios, sua marca já preenchida realçava os traços de seu rosto, me convenci de que a amava e que faria tudo por ela.
- Ela me amou pelos perigos que passei
E eu a amei por ter se revelado compassiva.
Foi fácil demais recitar as últimas frases olhando nos olhos dela, queria que ela sentisse meu amor e esquecesse o mal entendido do corredor, que eu era mais do que aquele cara idiota que fazia coisas estúpidas.
E ainda como no corredor, assim que nossos olhares se encontraram, senti aquela estranha conexão novamente, como se estivéssemos somente eu e ela naquela sala, naquele mundo. Minha alegria foi maior ao perceber que ela retornou o mesmo olhar. Será que sentia algo por mim?
Sorri para ela, levando os dedos aos lábios e mandando-lhe um beijo silencioso, em seguida me curvei para agradecer à turma, que aplaudiu fervorosamente, incluindo Zoey, que estava com as bochechas um pouco coradas.
- Bem, é assim que se faz. - Disse a professora Nolan. - Então, temos cópias dos monólogos nas prateleiras vermelhas no fundo da sala. Peguem vários livros e comecem a procurar. Vocês vão precisar achar uma cena que signifique algo para vocês - que toque alguma parte de sua alma. Vou ficar circulando e posso responder a qualquer pergunta sobre os monólogos. Quando tiverem escolhido seus textos, faremos tudo passo a passo para que cada um prepare sua apresentação - com um sorriso e um aceno, ela mandou que os alunos fossem à caça de seus textos.
Todos se levantaram e foram para o fundo da sala, fiquei admirando Zoey se afastar enquanto a professora Nolan me agradecia pela minha apresentação:
- Erik, como sempre você me comove com sua bela atuação. Obrigada por vir até aqui, acho que meus alunos adoraram tanto quanto eu.
- Eu é que agradeço professora. Estou à disposição, quando precisar. Mas acho que preciso ir andando, com licença.
- Claro Erik.
Me virei e fui andando na direção da porta da sala, mas algo puxou meus olhos de volta à Zoey, como se quisesse dar uma última olhada nela. E para minha surpresa, quando virei a cabeça em sua direção, nossos olhos se encontraram novamente (ela estava olhando pra mim, também). Não pude deixar de me surpreender pelo fato de como ela ficou vermelha ao me ver pegando-a no flagra.
Não pude deixar de sorrir para ela, e ela corou ainda mais, se é que fosse possível. Desviei o rosto e, com um pouco de relutância, saí da sala.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Marcada - Por Erik Night (quinto capítulo)

Boa Leitura!

Acordei cedo, cerca de 4h da tarde, e não consegui pegar no sono novamente. Fiquei rolando, rolando, rolando... E nada.
Não sabia o que estava acontecendo comigo, eu nunca tive problemas para dormir antes, muito menos ficar rolando na cama cerca de uma hora seguida. Tive que me levantar, lentamente. Fiz tudo muito devagar para passar o tempo, que eu tinha de sobra.
Fui até o banheiro e lavei bem meu rosto, enxugando com uma toalha para secá-lo. Em seguida, olhei-me no espelho. Eu me sentia uma merda, e isso era estranho, pois nunca havia me sentido assim antes.
Parece que hoje era o dia do nunca-aconteceu-antes. Pois é, sempre tem uma primeira vez, não é?
Aproveitei o tempo extra para pensar na vida, atualmente tenho feito muito isso. Como, na manhã de ontem, pensei que precisava mudar a minha vida, me livrar de Afrodite e começar de novo. Eram pensamentos fáceis, mas na prática eram muito piores.
Digamos que eu já tenha riscado um dos itens da minha lista particular: Chutar Afrodite, completo.
Mas esse não era o pior deles, manter minha vida normalmente depois de terminar com ela ia ser difícil, ela com certeza iria armar alguma para cima de mim, ou bem... Da novata, Zoey Redbird, caso eu tentasse alguma coisa com ela, o que eu definitivamente faria. Aquela conexão instantânea foi um sinal, e eu iria pegar a dica. Mas se Afrodite percebesse e começasse a detonar com ela?
Bem diabos, e novamente eu não sabia o que fazer, pra variar.
Desci a escada para tomar meu café, pegando uma fatia de pão com queijo e um copo de suco de laranja. Sentei-me à mesa mais próxima e um pouco isolada, pois não estava a fim de conversar com ninguém, dia da primeira-vez-pra-tudo, lembram?
A verdade era que não conseguia parar de pensar em Zoey, e tudo ficava ainda pior com os murmurinhos de conversas que vinham de todas as partes aqui no dormitório masculino. Em como era estranho a sua marca já estar preenchida, em como ela era diferente, que Afrodite teria que se cuidar com a novata, em como era linda... Pois é, acho que já é o suficiente.
Mesmo meus amigos, tradução: Cole e TJ, não paravam de falar nela. No final eles não tinham nenhuma noção do meu interesse em Zoey. E eu também não contaria a ninguém sobre ela, não daria mesmo certo. Iria ser ainda pior pra ela, já que Afrodite já parecia odiá-la, mesmo sem eu dar nenhuma demonstração. Ela já se sentia um pouco ameaçada com o poder que Zoey parecia emanar sem nem mesmo perceber. Comigo dando em cima dela seria ainda pior.
Decidi naquele momento que não faria nada para demonstrar meu interesse, os garotos costumavam exagerar um pouco com as garotas, sempre cantando vantagens e aumentando um pouco as histórias que ouvem ou o que vêem. Eu a vi somente duas vezes e ok, ela era bonita, mas não era para tanto.
E eu era um absoluto idiota tentando me convencer disso, mas não tentaria nada com ela, não mesmo. Se fosse para colocá-la em risco com Afrodite eu preferia me afastar.
Drew me tirou do meu devaneio.
- Erik, o que você tá fazendo aí sentado? Todo mundo já foi pra aula.
Piscando em surpresa, finalmente olhei ao redor da sala. Realmente não havia mais ninguém ali, mas como todo mundo saiu sem eu ter percebido? Puxa, eu estava mais distraído do que eu pensava.
- Desculpa Drew, mas quando foi que o sinal tocou?
- Faz quase dez minutos Erik, a professora Garmy me pediu para te procurar, já estávamos preocupados com você e... - Ele parou de falar, desconfortável.
E eu o entendia completamente, a única explicação plausível para meu estranho atual comportamento era a rejeição da mudança. E o meu atraso os preocupou por acharem que eu estava doente. Bem, minhas atitudes devem tê-los deixado grilados.
- Me desculpe novamente Drew, eu só estava pensando um pouco na vida e...
- Entendo. - Ele me interrompeu. - Mas não deixe que Afrodite atrapalhe ainda mais a sua vida.
Às vezes Drew era mais sábio do que muitos caras mais velhos do que ele.
- Obrigado, vou me lembrar disso.
- Ah, e Erik?
- Sim?
- Nós temos que ir pra aula lembra?
- A é. - Ri, sem graça. - Vamos logo.
Durante o caminho Drew ficou tagarelando sobre todas as vezes que tentou falar com Stevie Rae (a colega de quarto da Zoey), mas não teve coragem de chamá-la pra sair.
- Eu juro que um dia ela arruma outro cara mais corajoso e você vai ficar choramingando pelos cantos e reclamando nunca ter feito nada. - Disse.
- Não diga isso Erik, já falei com um monte de garotos aqui na House of Night, e nenhum deles ou seus amigos demonstrou interesse em Stevie Rae. - Defendeu.
- E você acha isso uma coisa boa? - Perguntei.
- Claro. Quanto menos concorrentes, melhor. - E acrescentou. - Já você, eu não sei Erik, parece que temos muitos caras querendo alguma coisa com a sua garota.
- O que? Do que você tá falando Drew? - Juro que senti um friozinho no estômago.
- Da Zoey, eu estou falando da Zoey. Você acha que eu sou idiota Erik? Os outros podem não notar nada, mas eu vi o jeito que você olha pra ela.
- Mas eu não tenho interesse nela. - Menti.
- Mentira. - Disse Drew.
- Puxa, não da pra esconder nada de você, não é?
- Não. - Falou todo presunçoso.
- Tudo bem. Eu a vi no primeiro dia, quando ela chegou. - Resolvi não contar o incidente no corredor. - E meio que tive uma conexão instantânea com ela. Sei lá, foi meio estranho.
- Estranho foi você ter ficado quieto sobre seus sentimentos, você nem mandou Cole e TJ calarem a boca quando falavam dela.
- Eu não queria que ninguém soubesse dos meus sentimentos em relação a ela.
- E por quê?
- Ela já tem problemas demais com Afrodite.
- Ah, e tudo volta para Afrodite. Cara, esquece ela, garanto que Zoey sabe se cuidar. Sério Erik, não deixe mais Afrodite controlar a sua vida, e com sorte a do resto do pessoal.
- Você tem razão Drew, aliás, como sempre. Tente falar com Stevie Rae, ela vai ver o cara legal que você é.
- Valeu Erik, mas primeiro tenho que pensar no que vou dizer a ela, no que vou vestir pra falar com ela, no que...
Não prestei mais atenção ao que ele dizia. Sua obsessão com aquela garotinha Okie era irritante. Por isso o deixei falando até chegarmos à aula de espanhol da professora Garmy.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Êxtase

Oi pessoal!
Recebi (finalmente) o livro Êxtase, da autora Lauren Kate! (Pulinhos de alegriaaa!)
Estou triste ao mesmo tempo que feliz (confuso, rs), eu não queria que a série acabasse, mas todas chegam ao final e não há nada que uma fã como eu, ou vocês, possa fazer.
Comprei pela pré-venda do Submarino, quem estiver interessado (e morar no Brasil, óbvio) pode comprar que é bem legal.
Vou lê-lo ás pressas e já já postarei algumas informações a mais, fiquem de butuca, rs.


Até a próxima.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marcada - Por Erik Night (quarto capítulo)

Boa leitura!

O jantar não foi como sempre costumava ser. Todos os murmurinhos e conversinhas giravam em torno da garota nova e sua estranha tatuagem completa.
Estávamos na mesa de sempre, bem afastada das demais, em um canto. Gostávamos de ficar assim, víamos tudo, mas quase ninguém olhava pra cá. Mais uma vez se encaixou perfeitamente nos meus requisitos, nossa mesa ficava em um ângulo perfeito, onde de longe podíamos admirar Zoey. Bem, eu admirava, mas em segredo, Cole e TJ babavam, literalmente.
- Como pode uma garota ser tão gostosa? - Perguntou Cole.
- Eu não acho tanto assim não. - Disse Drew, fazendo com que Cole e TJ olhassem pra ele com a boca aberta.
- Como não? - indagou TJ - Drew, definitivamente você não sabe apreciar uma obra divina, Nyx com certeza deu uma mãozinha. Obrigado Deusa - Todos, menos eu, riram.
Não estava gostando do jeito que meus amigos falavam dela, era estúpido e infantil. Bem, não que eu não fosse estúpido, mas era da Zoey que eles estavam falando, e eu não gostei nem um pouco.
Antes de poder fechar minha boca disse:
- Galera. Deixem de ser tão superficiais. A garota é bonita? Sim. Mas isso não é tudo que importa. - Disse.
- Muito bem Erik, assim você aumenta minhas expectativas de que pelo menos algum homem nesse planeta não pense em nós, mulheres, apenas como um pedaço de carne. - Disse uma voz suave com um leve sotaque texano, que eu reconheceria em qualquer lugar.
Assim que a voz dela foi ouvida, todos pularam em suas cadeiras, suas expressões eram parecidas, o nervosismo era palpável.
Rindo internamente pelo meu momento de glória, contemplei a bela Vampira.
- Olá professora Nolan. Fico feliz em ajudar a botar algum senso na cabeça desses palermas - Todos me olharam descrentes e ela riu suavemente.
Nolan era a minha professora favorita em toda House of Night. Além de ser muito bonita, com seus olhos e cabelos castanhos, que eram levemente ondulados, ela tinha um jeito espontâneo que me fazia admirá-la, e embora ela não tivesse a presença marcante de outros Vampiros, como nossa Alta Sacerdotisa Neferet, ela tinha uma energia especial que a deixava mais bonita. Esperava um dia ser tão bom quanto ela.
- Olá Erik, gostaria de lhe pedir um favor, se não se importar é claro, pois terá de faltar uma das suas aulas.
Há, eu sei exatamente o quê você está pensando nesse momento. Mas não vá achando que eu sou um daqueles caras que fazem de tudo para matar aula, porque eu não sou.
Aqui na House of Night as aulas vão além de qualquer coisa que se possa imaginar, elas são divertidas e diferentes, e não é como se você pudesse faltar facilmente. Todos os Vampiros adultos - que passaram pelos quatro anos de transformação e têm suas tatuagens completas - têm um jeito estranho de saber se estamos mentindo ou não. Automaticamente se estamos aprontando ou não.
E acredite, não é nada legal ser pego cometendo alguma infração.
- Amanhã estarei trabalhando monólogos com os terceiros-formandos, e acho que uma demonstração de como se faz iria os motivar. Foi quando pensei em você Erik. Acho, sinceramente, que os meus alunos irão gostar se virem uma apresentação sua.
- Puxa professora Nolan, seria uma honra apresentar um monólogo para a sua turma - disse sinceramente, era uma sensação ótima receber um elogio de quem você tanto admira.
- Perfeito. E desculpe por avisá-lo somente agora, mas é porque realmente não tive tempo mais cedo, por isso quero que escolha qualquer monólogo que já saiba de cor, pode ser até mesmo o que apresentou nas finais em Londres.
- Claro, pode deixar - Respondi com um sorriso.
- Obrigada Erik, até amanhã. E quanto a vocês meninos, espero que sejam mais sábios ao falar de garotas da próxima vez. - Com uma expressão de advertência ela se afastou.
- Até mais professora. - Dissemos todos juntos.
- Seria uma honra apresentar um monólogo para sua turma. - Repetiu Cole pondo a mão sobre o peito e fazendo uma imitação muito ruim.
- Que babaca. A professora Nolan tem razão mesmo, e não só por falar de garotas. - Murmurou Drew balançando a cabeça. - Falando em monólogos Erik, o que você pensa em apresentar?
- Sei lá, tenho muitos monólogos que eu sei de cor, é só escolher qualquer um deles.
Drew abriu a boca para falar algo quando Thor interrompeu:
- Parece que Afrodite achou alguém novo para atormentar.
- O que? - Perguntei.
- Olha ali. - E apontou o dedo na direção da mesa onde Zoey estava sentada. Apavorado percebi que Afrodite estava parada bem em frente à mesa dela com suas duas escudeiras, Deino e Enyo.
- Olá, Zoey. Bom ver você tão cedo. - Disse Afrodite, fazendo com que todos no salão de jantar parassem suas conversas para ouvir melhor.
- Será que ela vai arrumar uma briga? - Perguntou Drew.
- Eu iria adorar... - Disse Cole.
- Calem a boca! - Interrompeu TJ.
Zoey e seus amigos pularam levemente, surpresos. Eu sabia como ela devia se sentir, como aluna nova ela já estava muito assustada, mas pra piorar a situação, Afrodite, seguida de suas guarda-costas estavam tentando fazê-la passar vexame.
- Olá, Afrodite. - Zoey respondeu calmamente.
Surpreso, percebi que pelo tom de voz dela, elas já deviam ter se falado mais cedo. Será que Afrodite havia confrontado a novata? Claro que não, afinal ela era a líder das Filhas Negras, não podia sair provocando as pessoas logo de cara. Bem... Lembrando de como Afrodite era, eu não me espantaria se Zoey já estivesse com medo.
- Espero não estar interrompendo nada.
- Você não está. Só estávamos discutindo o lixo que precisa ser retirado hoje à noite. - Disse uma garota loira que eu achava que se chamava Erin.
- Bem, você certamente deve saber tudo sobre isso. - Respondeu Afrodite num tom de desprezo, virando suas costas para a garota, que parecia querer voar no pescoço dela.
- Zoey, eu deveria ter dito algo para você mais cedo, mas eu acho que eu esqueci. Eu queria te dar um convite para você se juntar as Filhas Negras no nosso privado Ritual de Lua Cheia amanha à noite. Eu sei que é raro para alguém que não está aqui a tempo o bastante participar do ritual tão rapidamente, mas sua Marca mostra claramente que você é, bem, diferente da maioria dos calouros. Eu já falei com Neferet, e ela concorda que seria bom pra você se juntar a nós. Eu te dou os detalhes mais tarde, quando você não estiver tão ocupada com... Uh... Lixo.
Assim que Afrodite saiu, o refeitório começou a sussurrar baixinho sobre o estranho convite para Zoey se juntar ao Ritual.
- Zoey no Ritual de Lua Cheia? Estamos no céu meus amigos. - Cantarolou Cole.
- Eu acho que Afrodite está aprontando alguma coisa. - Disse Drew.
- Ai cara, - murmurou Keith. - Por que sempre tem que haver alguma coisa? Deixe as coisas rolarem, pode ser até que Afrodite esteja sendo legal com a novata.
Todos o olharam como se tivesse acabado de dizer que falou com Alienígenas.
- Não sei não, Afrodite nunca é tão boazinha assim, principalmente quando... - Quase deixei escapar o incidente do corredor, por sorte Thor me interrompeu.
- Principalmente quando a novata tem uma estranha Marca preenchida que faz todos olharem pra ela. Concordo com Drew, aí tem coisa cara.
- Gente, estou indo para o meu quarto, vou ver se acho um monólogo interessante para apresentar amanhã. - Disse.
- Claro. - Murmuraram juntos. - Até mais.
No meu quarto, coloquei meu pijama e, deitado na cama, comecei a folhear os vários livros que continham monólogos de todos os tipos.
Buscava algum que expressasse meus sentimentos, eles eram tão confusos. Havia Afrodite, que embora fosse uma vaca total, já me despertou muitos sentimentos. E também havia Zoey, a novata que em dois segundos me fez sentir algo completamente diferente.
Mas nada disso se encontrava no livro de monólogos, fazendo-me escolher o primeiro que vi. Com certeza a professora Nolan iria gostar deste, falava de um rapaz que trabalhava no campo e sonhava um dia sair dali para encontrar um lugar melhor. Não era um dos melhores monólogos que havia apresentado, mas não estava a fim de apresentar nada muito romântico como ela me pediu, não estava no clima para isso.
Com o monólogo escolhido, apaguei as luzes e dormi um sono leve, sem sonhos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Delírios

No feriado escrevi mais um de meus Sonetos (ficar sem nada pra fazer é triste! kkk)

Dor que lapida e incendeia meu peito
Sufoca-me de um romance sem jeito.
Ou será isso um belo sonho vil?
Quem me dirá o que é mais imbecil?

Passei tempos viciada em despeito,
Com certeza foi meu maior defeito.
Que ladrasse menos em meu canil,
Ou tentasse desprender do canzil

Para um dia superar esse ardor
Que me é assim tão abalador.
Não posso mais sonhar em deslizar

Com as mãos tua pele, devo desliar
O sentimento tão forte de amor
Putrefato, que é sempre abafador.

Até a próxima!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

CAMPANHA "A educação precisa de respostas"

A RBS está fazendo uma campanha muito legal sobre educação.
Resolvi postá-la no Blog para dar o meu apoio sobre isso. E pra quem não conhece, eles fazem as seis principais perguntas:
1) Por que, mesmo sendo a sexta economia do mundo, o Brasil ainda está no octogésimo oitavo lugar no ranking mundial de educação?
2) Por que 34,5% dos alunos do Ensino Médio não estão na série correspondente à sua idade?
3) Por que é importante os pais participarem da vida escolar de seus filhos?
4) Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?
5) Por que 89% dos estudantes chegam ao final do Ensino Médio sem aprender o esperado em matemática?
6) Por que a maioria dos alunos matriculados no último ano do Ensino Fundamental não aprende o mínimo considerado adequado?



Podem ter certeza de que há várias outras perguntas não feitas, mas que nós sabemos que existem.
Essa é apenas uma pequena fatia do grande bolo que se chama política brasileira!
Todos nós somos cidadãos deste país maravilhoso, MARAVILHOSO SIM! Ele apenas precisa de gente que o dê conforto e carinho, que somos NÓS, uma nação guerreira e capaz, gente que critica e formula suas opiniões, gente que tem educação.
Essas pessoas precisam ajudar àquelas que não têm!
Por favor, colaborem com a campanha e a divulguem o máximo possível.
NOSSA EDUCAÇÃO PRECISA DE RESPOSTAS! (URGENTES).


Obrigada, e até a próxima!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Book Trailer de Finale

Alguém aí já viu o SUPER book trailer de Finale, da Becca Fitzpatrick? Ele foi lançado no Youtube há duas semanas pelo OArchanjo.com (legendado) e eu tinha que postar!
* Drew Doyon arrasa como Patch! (só estou dizendo, kkk)

 

Marcada - Por Erik Night (terceiro capítulo)

Segunda-feira, dia de mais um capítulo! Boa leitura.


Andava sem pressa até o dormitório. Pensando no que Afrodite havia me dito: ‘Isso é o que você pensa, nós pertencemos um ao outro, você sabe disso não tente negar. Cedo ou tarde você irá cede,r você sempre cede. ’ Eu odiava quando ela fazia isso, jogando na minha cara todos os meus sentimentos, rindo e debochando como se não fossem nada, apenas divertimento. Agora vejo tudo mais claramente, o quão horrível e odiosa ela é.
E pensar que ela costumava ser gentil e amorosa. Ok esqueça isso Erik.
Não sei o que ela queria comigo afinal de contas, ela nunca aceitou levar um pé na bunda, muito menos de um cara, seu ego era grande demais para se importar com alguém além de si mesma. Foi o que me levou à novata.
Todo o tempo em que estive com Afrodite não se comparou à conexão que tive com ela. A novata me deixou intrigado e curioso para saber mais sobre ela.
Afinal, quando se é recém Marcado por um vampiro Rastreador, nossas Marcas não estão preenchidas, elas são apenas o contorno de uma meia lua, em tom azul safira, que não está preenchida. Ela fica totalmente colorida e se expande quando passamos pelos quatro anos de transformação e nos tornamos vampiros adultos.
Isso quando nossos corpos não rejeitam a Transformação e nós morremos, pois é, faz parte da vida.
No meio do caminho encontrei TJ, Cole e outros amigos meus sentados em um banco, juntei-me a eles quando acenaram suas mãos para mim.
- E aí pessoal, quais as novidades? - Perguntei.
- Nada. - Disse TJ com um risinho. - Só apreciando a paisagem.
- E que paisagem! - Cantarolou Cole, completando com o assovio.
- Hum estou sentindo energias positivas aqui. - Disse.
- Que nada, eles que estão sonhando acordados com aquela novata. - Disse Drew.
- Que novata? Aquela que vocês falaram mais cedo? - fingi não saber do que eles falavam.
- Sim, a novata super-gostosa-Zoey que roubou nossos coraçõezinhos frágeis. - Disse TJ.
- O que você disse? Qual o nome dela? Zoey? – Perguntei. Essa era novidade.
- É Zoey é o nome dela. Zoey Rodbed, alguma coisa assim. - Disse TJ.
- É Redbird. - Completou Cole. - Ela é colega de quarto daquela Okie esquisita, Stevie Rae.
- Ei, ela não é esquisita, ela até que é meio fofa. - Resmungou Drew, ficando com a cara vermelha quando todos começaram a rir. Dando-se ao fato de sua estúpida queda por ela.
- Oh, e temos mais um apaixonado entre nós galera! - murmurou Keith, o que nos fez rir ainda mais.
- Mas e você Erik, conseguiu chutar a Afrodite? - Perguntou Thor, mudando de assunto drasticamente.
- Nem me fale em Afrodite, parece que ela não se toca que a gente terminou, fica insistindo e dizendo que somos um do outro, que vamos voltar e umas merdas assim. - Decidi não comentar o incidente com a novata para evitar comentários constrangedores.
- Cara, ela ta louca por você. Ainda bem que você terminou com ela, eu mesmo já tive uma namorada que era grudenta assim, e eu devo avisar, elas ficam cada vez piores. - Disse Keith.
- E eu é que sei. - Falei por fim, lembrando de Afrodite e o que ela quase fez comigo no corredor. Ela sabia exatamente como de deixar louco, e eu ,e chutava internamente por isso.
O silêncio já estava ficando constrangedor, afinal, falar de Afrodite nunca era agradável, principalmente para meus amigos que conheciam, e muito bem, suas artimanhas. Por sorte, Cole com seu jeito de sempre sair de situações embaraçosas disse:
- Galera, alguém ta a fim de dar mais uma espiadinha na garota nova?
Rindo fomos para o salão de jantar, e com a confusão de Afrodite um pouco esquecida, pude me concentrar em Zoey.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Trailer de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Estou tão ansiosa para a estreia de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada que não pude deixar de postar o trailer do filme... Estou contando os minutos para ver! 


O link está no primeiro cartaz em português do filme, lançado dia primeiro de outubro. Alguém mais está tão excitado quanto eu?

Dica Literária - O Hobbit

Fala pessoal! Estou passando hoje para falar de um livro mega especial que alcançou alguns milhões de fãs ao redor do globo, rs: O Hobbit, do meu querido autor J.R.R Tolkien! Eu amo demais essa história e a recomendo, não sei porquê diabos não fiz isso antes, mas enfim... Aproveitei para dizer que quem vai olhar o filme nos cinemas em dezembro DEVE, obrigatoriamente, ler o livro. E não para saber da história antes de olhar o filme ou para virar "fâzinho" nem nada, mas porque vocês irão ter um gostinho saboroso de aventuras na boca. O enredo é sensacional, te prende de uma maneira inexplicável até o fim, tanto que quando eu acabei disse: já??? Pois é, incrível, não?
Vou deixar o link pra quem quiser baixar, mas recomendo que comprem o livro, é MUITO mais emocionante.



O Hobbit, conta a história de Bilbo Bolseiro, um hobbit que vive pacificamente em sua toca, com muito conforto, bebida e com seu cachimbo de fumo. Até que numa manhã ele recebe a visita do mago Gandalf, que está à procura de alguém para uma aventura um tanto perigosa e inesperada: porém, valiosíssima. E como todo bom hobbit, que preza pela comodidade, Bilbo tenta desconversar sobre o assunto, mas é interrompido a cada minuto por um visitante que bate à porta de sua toca. São eles: Dwalin, Balin, Kili, Fili, Dorin, Nori, Ori, Oin, Gloin, Bifur, Bofur, Bombur e Thorin, treze anões unidos e preparados para iniciar uma longa jornada, em busca de um tesouro há muito roubado.

Boa leitura!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Marcada - Por Erik Night (segundo capítulo)

Hoje é segunda! Dia de mais um capítulo de Marcada - Por Erik Night!
Bem, neste ele se encontra com Afrodite no corredor, hum... Espero que gostem.


O corredor era estreito e mal iluminado, nada que nos impedisse de ver, com nossos olhos potentes de calouros. Como esperado, Afrodite estava parada em uma posição que qualquer cara acharia sensual, contra o muro. Quando me viu veio em minha direção.
- Erik, pensei que não viria mais, você demorou muito. - Ela tentou me abraçar, mas peguei seus braços e os joguei para longe.
- Afrodite, precisamos conversar. - Disse.
- Pode ser mais tarde? Estava pensando em não falarmos. - Disse Afrodite.
Ela me atirou contra o muro e lentamente se aproximou, dando-me um leve beijo nos lábios, descendo para meu pescoço e apressadamente se ajoelhou aos meus pés.
- Afrodite, pare com isso! Eu vim aqui pra gente conversar, quero botar tudo em pratos limpos. - Disse.
- Que tal você parar de tentar ser um santinho, que você não é, e me dar uma ajudinha aqui, hein?
- Não Afrodite! Eu acho que já te falei antes, mas não me importo em repetir, vim aqui somente para deixar claro que entre você e eu não haverá mais nada! Ouviu o que eu disse? Nada!
- Ah, e você pensa que pode me chutar assim? Depois de tudo pelo qual passamos? Nem vem Erik, você se derrete todo por mim, você sabe que sempre estaremos juntos. - E começou a tentar abrir o zíper da minha calça.
- Pare! - Eu gritei desesperado, já não controlando as minhas forças. Resistir a Afrodite era muito difícil. Eu realmente gostei dela no passado, mas foram suas atitudes hipócritas que a deixaram patética.
- Você realmente não quer que eu pare. - Ela ainda insistia.
- Sim, eu quero. - Falei entre dentes, já começando a sentir raiva. - Levanta.
- Você gosta, eu sei que você gosta. Assim como você sabe que ainda me quer.
Para minha surpresa ela parecia completamente desesperada, um dia essa voz sexy que estava usando havia me atraído para suas garras, mas eu não a aguentava mais. Suas atitudes controladoras, mimadas e pirracentas, que faziam juiz ao apelido ganho pelos outros calouros da House of Night, ‘bruxa do inferno’, agora faziam total sentido. Me senti estúpido por somente agora perceber o quão horrível ela era.
Como última tentativa desesperada ela passou as unhas pelo jeans da minha calça, rasgando minha pele. Sangue começou a escorrer do ferimento em minha coxa. Eu sabia o que ela iria tentar fazer e o quão difícil seria resistir.
- Não! - Surtei. Agora eu é que estava desesperado para tirá-la dali.
Peguei seus ombros com as duas mãos e tentei afastá-la de mim.
- Oh, parou de fingir? - Ela riu de novo, um som sarcástico e maldoso. - Você sabe que sempre ficaremos juntos. - Ela repetiu a frase e com sua língua ela lambeu o sangue que escorria da minha perna. O golpe foi forte, o prazer imediato, mas eu não podia desistir. Continuei com as mãos em seus ombros tentando tirá-la.
- Pare com isso! Eu não quero machucar você, mas você realmente está começando a me irritar. Por que você não consegue entender? Não vamos mais fazer isso. Eu não quero você.
- Você me quer! Você sempre me quis. - Com essa frase ela abriu o zíper da minha calça.
Travei uma batalha dentro de mim naquele momento, uma parte não resistia a ela, lembrando daquela época em que tudo era mais fácil, onde estávamos mais ligados; mas a outra esqueceu totalmente a paixão e repelia Afrodite como se ela tivesse uma doença. Eu realmente não sabia mais o que fazer.
Respirando com dificuldade olhei para o lado. Foi quando a vi. Seus olhos se prenderam nos meus instantaneamente, como se estivéssemos conectados. Não consegui desviar o olhar, podia sentir seu toque, mesmo de longe. Afrodite pareceu desaparecer, tudo desapareceu. Só havia eu e a novata, ou será que ela era uma vampira adulta? Sua marca era diferente, a lua crescente em sua testa estava totalmente preenchida em azul safira. Mas não era possível, ela não tinha aparência de ser mais velha do que eu. A forma como seus olhos estavam assustados me indicavam que ela estava com medo. Também poderia ser pela forma como havia nos flagrado.
Ela era linda, seus traços eram fortes e rígidos. Era estranho, pois, de repente, estávamos só eu e ela no corredor.
- Você não me quer? Não é o que parece. - A terrível voz de Afrodite quebrou a conexão com a garota, fazendo-a se afastar um pouco. Eu não queria que ela fosse, fiquei intrigado por ela, queria descobrir porque sua marca estava daquele jeito.
- Não! - Dessa vez falei com a caloura, não queria que ela tivesse essa impressão de mim. Tentei afastar Afrodite, mas ela estava apoiada na minha perna.
Ela tropeçou para trás, quebrando o contato visual.
- Não! - Gritei novamente e mais alto, para que ela soubesse que eu estava falando com ela.
Afrodite pareceu notar a mudança no meu tom de voz, pois levantou a cabeça e começou a olhar em volta, resmungando e xingando baixinho como um animal selvagem.
Foi quando a novata virou bruscamente e começou a correr na direção oposta.
- Quem era aquela vadia que ousou nos interromper? - Disse Afrodite.
- Interromper o que Afrodite? Nada ia acontecer, você é quem teima em insistir com isso. Agora se levante, por favor.
Vendo que não conseguiria mais nada ela, com relutância, se levantou e, lentamente, andou de um lado para o outro na minha frente.
- Isso é o que você pensa, nós pertencemos um ao outro, você sabe disso não tente negar. Cedo ou tarde você irá ceder, você sempre cede. - Com um risinho diabólico ela se virou jogando os cabelos e saiu andando pelo corredor, deixando-me sozinho, finalmente.